Mas era uma noite tão fria e ela estava ali, em pé esperando não sei o quê. Esperando não sei quem. Ela era tão vazia dela mesma, era tão ausente do seu próprio eu. E culpava os demais por isso. Nunca fora completa se estivesse só. E de certa forma não a culpo. Não há como ser completa consigo mesma sem um outro alguém. Ela, tão carente de si, tão carente da vida. Olhava a sua volta e via o mundo girando, e olhava para seus pés. O mundo girava, ela nem ao menos caminhava. Desconfortante, nada entusiasmante, perspectiva quase nula e os sentimentos tão confusos quanto ela.
Marcele Gorito.
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