sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Amor ventania

Você foi um daqueles amores que cegam a gente, que trazem amargura e dor. Que chega meio manso, meio meigo, meio amigo e meio fofo e quando vê acaba com a vida da gente. 






" Foi assim... Aquele amor de verão mais que terminou antes do mesmo. Não foi aquele amor que rendeu até o outono, foi aquele amor passageiro, mas que nos leva junto com ele no embalo da carruagem.  Não se engane minha gente, um amor como esse te torna tão fria como o gelo e tão rude quanto uma pedra. Talvez por puro modo de proteção ou por puro aprendizado. "

E você foi um desses amores. Você fingiu amar, fingiu ficar, fingiu ser meu. Enquanto eu era toda realidade, enquanto o enxoval do nosso casamento estava sendo comprado com todo carinho, com todo gosto especial. E de que vale agora? Nada. Pois o mesmo rasguei, rasguei e pus fogo. Pus fogo no que fazia lembrar-me de ti, só não pude pôr fogo em mim, porque uma coisa que aprendi nessa vida foi que não vale a pena se sacrificar por ninguém, e em todos os sentidos. E tenho dito.


Marcele Gorito.

Você quem disse


Meia noite, você aí no outro canto da cidade talvez com um livro na mão ou passeando pelas ruas de seu bairro. Estranho seria ligar e perguntar se nos veremos novamente, quando na verdade o que queremos é distância um do outro. Não por não gostar, não por simplesmente não querer. É só medo.
Medo de esbarrar os olhares, medo de não ser como antigamente. Nós temos medo até mesmo de usar as palavras, de dizer um simples “oi”. E esse medo vem da insegurança, da vontade contraditória de nos tocarmos, e é justamente por isso que nos evitamos mesmo com a vontade incondicional de estarmos na presença um do outro, de sentirmos a respiração um do outro.
Perguntam por aí o porquê do nosso fim, mas jamais alguém entenderia, por mais que explicássemos. A gente se ama, a gente só não se gosta mais. A gente se quer, a gente só não sabe viver junto.

                                                  Marcele Gorito.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Pré-requisito


Quem disse que preciso agir nos conformes, falar bonito pra ser uma boa garota?
É pré-requisito? Pois que seja, não me torno menos “mulher” por dizer palavrão, por não gostar de maquiagem e preferir tênis a salto alto. Não posso, ou não deveria me tornar menos feminina por coisas inúteis que não definem sexo, como a roupa do corpo.
Não é porque eu gosto de calça jeans e odeio vestidos, não é porque eu não me incomodo de sair na rua de coque no cabelo e pés descalços que me torno menos menina. Não é porque eu larguei as minhas bonecas mais cedo do que as outras crianças que eu não era considerada a garotinha do papai.


E não é porque eu não falo de Deus o tempo inteiro, como algumas pessoas fanáticas que acham que falando Dele o tempo inteiro e odiando ao próximo já estarão salvos, que eu não O ame, e que eu não acredite no mesmo. Pelo contrário, não preciso gritar aos quatro cantos do universo o meu amor. Afinal, o amor é meu, não é?


Marcele Gorito.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Pode não parecer, mas eu sei.


Nos esbarramos pelos cantos da cidade, nos olhamos, ameçamos a chegar perto um do outro, mas não chegamos, permanecemos com a distância quilométrica, permanecemos com o muro entre nós. Faltam-nos palavras para um diálogo, faltam-nos atiude e atrevimento, mas na verdade não sabemos o porque disso tudo, não sabemos o que nos afastou. Se foi a falta de tempo, a falta de vontade, sei lá o quê.
Você anda perguntando sobre mim, eu sei. O moço da padaria contou-me, contou-me que você costuma comprar pão cinco minutos depois de mim, a senhora que vende jornal na esquina me pergunta o que nos aconteceu e é uma pergunta sem resposta e tudo o que consigo dizer é “são coisas da vida...”, mas eu mesma gostaria de nos entender. 
Meus amigos ainda me perguntam sobre você, e eu digo que você está feliz seguindo a sua vida com o seu novo amor, se é que tem um novo amor. E eu sei que você procura saber de mim, eu sei que ainda lê meus escritos, minha página na internet ainda é a sua página principal e também sei que as vezes você se pega olhando pra minha foto e permite que uma lágrima escorra pela sua face.
Sei tanto por te conhecer, assim como sei que você também sabe que nesse momento estou aqui, escrevendo mais um texto cujo assunto é você, você sabe e está a espreita para ler mais um dos meus, dái você lerá cinco vezes  e depois abrirá um sorriso de meia boca como de costume e pensará “Ah, minha escritora”. Eu sei e você sabe, e sempre será assim, juntos ou separados, mesmo que você ande na calçada oposta a minha, mesmo que esqueçamos os nomes uns dos outros, eu ainda saberei que você estará tomando aquele delicioso vinho pensando em mim, no que devo estar fazendo, no meu próximo texto.
E quando eu conseguir publicar meu livro, eu sei, você estará na fila de autógrafos, mesmo que de cabeça baixa e mesmo que minta o nome, você estará lá. Por mim, por você, eu sei.


Marcele Gorito.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

(...)

Encontrara um motivo para sorrir, ah, encontrara. Encontrara em Fábio a certeza de um futuro bom, de um futuro auspicioso. 

Ana conhecera Fábio através de amigos em comum, quando estavam numa festa. Festa essa em que Fábio derramou vinho no formoso vestido da garota mais bela, que logo ficou enfadada. O moreno de cabelos castanhos se desculpou velozmente, tentando ajudá-la de alguma forma, mas ainda assim  conseguiu fazer outra asneira de derramar mais vinho na bela garota, que dessa vez riu da situação e disse para que o mesmo não se preocupasse e que a esmo sua casa não ficava longe dali. 
Ana foi-se, e deixou encanto no ar. Não sabe-se com quem, mas Fábio conseguiu o telefone dela, e telefonara para ela com ardor, dentro dele algo gritava para conhecê-la melhor.
E assim foi.. Se encontraram muitas vezes depois, construíram um carinho, uma amizade, construíram uma confiança que fez com que se intensificasse cada vez mais o gostar.

Se fizeram presentes na vida um do outro, se fizeram casal, amigos, amantes, fizeram lapidar o amor.

Marcele Gorito.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Mas não era uma carta,

Hoje acordei cedo com uma vontade louca de escrever pra você. Sim! Pra você meu amor! Uma vontade louca de dizer que sinto saudades, que meu coração acelera quando o telefone toca e aparece seu número na tela, que meus dedos coçam freneticamente para não mandar uma mensagem só pra saber como está sendo seu dia, que minha cabeça pira quando sua voz surge no ar.
Ah, anjo meu, meu anjo. Vem ficar comigo vem? Sei que também deseja isso, ah, eu sei! Vem? Vem ser feliz ao meu lado? Correr, pular, brincar e sorrir comigo? Vem ser meu eterno anjo? Ou simplesmente venha ser meu anjo de momento? Vem pra cá, vem pro meu lado, vem?
Não sei o que anda pensando muito menos o que anda fazendo, mas sei, no fundo eu sei que é ao meu lado que pretende ficar. Só não sei o porque dessa confusão toda, se eu, você, nós sabemos bem o que queremos.
Mas também se não for, tudo bem. Ainda assim será meu anjo.

MarceleG.

sábado, 3 de novembro de 2012



"Não existe má fase que a primavera não leve. O vento no rosto, o sol na cabeça e o cheiro das flores. Que novembro venha com novos amores, novas conquistas e novos sorrisos. Que apague tudo de ruim que outubro me fez passar. E que seque todas as lágrimas que outubro deixou rolar.."

- Sâmela Almeida 

" .. Hoje a noite está tão clara que parece amanhecer, eu tento juntar cacos de palavras para lhe dar e simplesmente não consigo, talvez por não querer, talvez por não poder.. Parece tão fácil e ao mesmo tempo impossível te definir em palavras..Me tira o sono, me perturba a cabeça e ferve minha alma. É tanto desejo de te ter aqui nessa noite de lua sem luar que só faço enlouquecer de tanta vontade de qualquer coisa que acalmasse essa paixão. E ainda assim, reviro na cama e olhando o telefone não consigo te ligar. Não sei o que dizer.. "

Sâmela Almeida

Meu quarto, minha cama. O melhor lugar para ficar quando quero me aquietar, pensar na vida e ouvir músicas.

- Mãe, por favor. Se estou aqui é porque gostaria de ficar só, ouvindo o barulho do ventilador e das teclas do computador.
- O que houve minha filha?
- Nada. Só quero chorar em paz.
- Chorar? O que te fizeram?
- Nada. Só meu coração que tá doendo.
- Quer ir ao hospital?
- Não, médico algum resolveria meu problema.

E minha mãe foi embora para o seu quarto dormir, enquanto eu continuo aqui escrevendo palavras desconexas, com lágrimas de não sei o quê escorrendo pela minha face enquanto ouço Cazuza como música de fundo até quem sabe, eu conseguir dormir num profundo sono tranquilo.

Marcele Gorito

" Um sorriso forte, capaz de afastar a tristeza, uma alma tão pura capaz de deixar sem força a maldade, é assim que eu te vejo.. Uma pessoa capaz de tudo, forte, mesmo achando que não. Não importa quantas vezes você caia, não importa quantas vezes você deixe de sorrir, eu sempre estarei aqui. Porque sei que você é forte e capaz de tudo, mesmo que ache que não"

Sâmela Almeida

A emoção acabou.


Pra que mentir dizendo que se importa e que o que importa é me fazer feliz? Pra que usar de palavras bonitas, palavras ditas de puro encanto se não deseja ficar?


Me sinto estranha só de ter me encantado novamente por alguém, por mais uma vez cair no conto do vigário. O que quer de mim? Será que não sabe que me apego fácil e não gosto de ficar só? Porque me conquistou se não pretendia nunca fazer parte da minha história? Te achava diferente dos outros, achei  que dessa vez daria certo, mas não. 
E otária fui eu por achar que poderia ter sentimento, ao menos uma vez.

Marcele Gorito

Me faz feliz?


Resolvera alegrar meu dia, com um pouco de álcool e músicas dos anos 80. Me fazia bem, me fazia feliz. A cabeça girava e o coração acelerava, saudade batia no peito e lágrimas caíam dos olhos. Queria voltar no tempo, queria adiantar 5 anos, queria jamais ter nascido, mas tudo quanto eu pensava me arrependia logo em seguida. Era como se estivesse ali e ao mesmo tempo não estivesse, esperando por algo que eu sabia que nunca chegaria, pensamentos rolando soltos em meio ao vento e minha cabeça atordoada e zonza pelo efeito do álcool. Ele vinha  em meus pensamentos e meu coração apertava de dor, chorava e soluçava ao lembrar da nossa história de amor, sentia necessidade de um abraço, sentia a necessidade de ter alguém mesmo sabendo que não teria ninguém.


Marcele Gorito

À espera.


" Só queria um boa noite seu pra poder dormir em paz, uma palavra sincera e que não me deixasse em dúvidas. Precisava de um pouco de carinho seu, de seus abraços e beijos na testa, mas percebo que nesse Novembro não terei isso, nem um pouco pra contar história. E o bom de deitar na minha cama e colocar o fone de ouvido com uma boa música sentimentalista é que durmo rápido e só assim consigo sonhar com você, porque pelo menos lá, no meu sonho você é meu, só meu. "

 Marcele Gorito