sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Escrevo-te estas mal traçadas linhas meu amor!


E ainda que me privassem de escrever para ti eu não conseguiria guardar as palavras apenas dentro de mim. Ainda que quisessem me afastar de ti, eu não deixaria. Ninguém pode conter as minhas palavras, ninguém pode sequer dizer que são para ti, a não ser que assine seu nome, coisa que você sabe bem que não faria. Escrevo-te sim, escrevo-te uma carta, uma frase, um poema. Escrevo-te nas entrelinhas, escrevo-te nos ditados não ditos, e nada preciso dizer. Você no fundo sabe que é sobre você e para você que escrevo. Talvez não hoje, mas talvez amanhã, pela manhã, quando o sol bater na minha janela me fazendo lembrar, me fazendo sentir e só assim me inspirar. 

Marcele Gorito

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