Não sei quando começou, quando vi
estavam de papo na escada da escola dele; ela era meiga, doce e inocente, se
achava durona mas era fácil um garoto como ele enganar meninas assim. Ela
acreditava que era querida por ele e até foi, mas não o suficiente para ser a
única. Ela queria ele. Ele queria ela, mas olhava as outras e pegava qualquer
tipinho. Calejada desse amor ela resolveu seguir em frente abarrotando o
coração e fingindo que havia esquecido aquele amor ingrato. Se envolveu com um
velho conhecido. Palavras doces, voz de veludo, mãos quentes... Pensamentos
loucos. Mas ele se achava o maioral e ela achava bonitinho, a opinião dele para
ela valia muito. Foi um desses amores amargos que a gente não gosta de lembrar,
com começo feliz e chance de ser pra sempre. Terminou na cama, chorando,
comendo chocolate já que não podia beber vodka. Dor que não tinha fim, nada
fazia curar, era um vazio, um buraco no peito. Até que aquele amor antigo
ressurge e arde mais forte e se faz notar. Ela não sabia se acreditava, tinha
medo. Cansou de ter má sorte no amor e queria se fechar. Tão inocente que chega
a ser bonito. Será que não sabes menina, o coração sempre quer o que a cabeça
não deixa?! Agora está lá, estudando, pensando e escrevendo.
Sâmela Almeida
Nenhum comentário:
Postar um comentário