terça-feira, 30 de outubro de 2012
Simplicidade
Estava parada no portão da casa ao esperar por ele. Cinco minutos e ele apareceu com um lindo sorriso no rosto, com uma roupa folgada e pés descalços. Era assim que se encontrava mais lindo do que nunca. Não precisava de roupas bonitas, cabelo arrumado muito menos de perfume, ele tinha cheiro próprio, um aroma adocicado e extravagante. Aproximava-se de mim com sede de amor, beijava-me a testa e acariciava
minha face seguido de um abraço acolhedor, e era nesse momento que eu desabava, chorava e desabafava sobre as dores do dia, ele ouvia-me pacientemente e com preocupação. Eu não conseguia ter medo do que ele pensaria de mim, confiava de olhos fechados, era meu porto seguro e com certeza eu também era o seu. Depois dos desabafos ele fazia-me cócegas para fazer-me sorrir, olhávamos para o céu de mãos dadas, contávamos as estrelas e fazíamos pedidos ao luar. Era amor, era verdadeiro. Tocava meus lábios com seus dedos e olhava-me nos olhos enquanto emitia um sorriso de ponta a ponta, alisava meu queixo e recitava poesias. Beijava-me os lábios, beijava-me com fervor, com sede, beijava-me calmamente e ardentemente. Beijava-me.. Acordei assustada com lágrimas nos olhos, havia tido um sonho. Um sonho lindo onde estava junto ao amor, o amor que um dia me pertenceu, porém, o perdi.
Marcele Gorito
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