É tão estranho ficar aqui sentada, as pessoas passam e não reconheço ninguém e é como se de fato estivesse sozinha. Vazio. É isso que há dentro de mim. Um vazio. Sorrio e aceno, mas as pessoas não me cumprimentam. E de repente estou invisível. Levanto e corro por entre a multidão e percebo que já não conheço o lugar onde estou e já não entendo mais o que as pessoas tentam me dizer. Observo cada olhar sobre mim e me sinto uma estranha dentro do meu próprio eu, me perco, me busco, sento na areia da praia e ninguém me reconhece, que bom. Melhor assim.
Marcele Gorito
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