sábado, 29 de dezembro de 2012

Uma história que não é de cinema


Poderia ser só mais uma daquelas histórias de cinema, em que tem sempre a mocinha e a vilã. O casal principal briga a história inteira, mas o final deles é feliz.  Poderia ser mais um conto do Caio Fernando Abreu ou Clarice Lispector, mas não. Essa é a minha história, essa é a minha essência. E a minha história não começa com era uma vez, nem com palavras bonitas. E ela começa assim...
Na pequena cidade de São Paulo vivia a pequena Sara, com seu sorriso contagiante, cabelos dourados e olhos castanhos. Ela era pródiga de uma beleza fora do comum e uma inteligência admirável. Ela cresceu próximo a seus familiares paternos, e se sentia bem com eles, eram seu porto seguro depois da separação de seus pais.
Sara vivia com a mãe, Marluce e com a irmã Berenice. Mas logo resolveu ir morar com o pai e juntamente com ela, fora sua irmã. Carlos, seu pai, era o melhor do melhor do mundo pra ela, tinha o melhor carinho, o melhor abraço e a melhor conversa, ao contrário de sua relação com a sua mãe que era a base de, me desculpem o palavreado, porrada e palavras xulas.
Ela passou a conhecer outro universo, se tornou uma moça educada, aprendeu a se virar, cuidar de uma casa e a cuidar de si. Não fora seu pai que a ensinara, mas sim sua madrasta que a princípio se mostrava a amiga que Sara nunca tivera. E Sara a tratava como tal.
Mas a menina doce, meiga ao extremo se deixava passar por muitas situações humilhantes e guardava para si mesmo as coisas que a incomodavam, a madrasta de amiga não tinha nada e Sara começou a perceber que a mesma tinha ciúmes dela com seu paizinho. A menina fora humilhada, e muita das vezes apanhava sem saber o motivo. Não contava ao pai, pois sabia que o mesmo nada faria e cansava de ouvir que era a “infelicidade da vida dos dois” e em um dia comum que Sara se permitiu acreditar nisso, decidiu voltar a morar com a senhora que lhe dera a vida, mas que não merecia o título de mãe.
Sinceramente ela não sabia qual seria a pior situação, mas para todos ela dizia estar bem e feliz, quando na verdade se trancava no quarto e chorava pelos desaforos que sua mãe dizia e pelo desprezo que aquele pai, o paizinho, o melhor do mundo a estava dando.  
Agora ela se diz uma menina que tem pais separados, mas que ao mesmo tempo não possui pais, pois os mesmos não fazem questão de honrar o papel que lhes foi dado.
Essa não é a melhor das histórias, mas é a minha história, e como perceberam, Sara sou eu.


Marcele Gorito

sábado, 22 de dezembro de 2012

  Eu queria saber por que meu dia melhora tanto depois que eu falo com você. Por que depois de algumas palavras eu saio cantando pela casa, imaginando nós dois juntos de mãos dadas e uma felicidade eterna. É coisa de mulher eu sei, mas imagino até o nosso casamento, o momento do sim, minha madrinha me entregando os votos que escrevi pra ti.. imagino tudo tão lindo.. Só não imagino um mundo sem você.
  Eu sei lá o que é isso.. só sei que é alguma coisa que eu ainda não tenho coragem de assumir. Eu sei, sou covarde pra caramba, mas um dia isso passa, você vem pra mim e tudo se resolve e essas palhaçadas de criança ficam no passado. Junto com meu desejo de ter você em meus braços agora. Aqui.
  Sinto tanta vontade de te dizer certas coisas, todavia acho que você também deveria me dizer algumas certas verdades. Então sigo assim, guardando esse sentimento confuso e você aqui no meu peito, como um segredo. Um segredo que protejo com toda a minha vontade de ser feliz.

Sâmela

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Aquela vontade de sempre

   Daí vem você dizendo: com você é diferente. Eu soube disso no momento que te vi, tinha algo em você que me fazia sempre querer mais, mesmo sabendo que não era o mais prudente a fazer.
   Depois de ouvir isso, fiquei toda feliz, com uma alegria que logo logo passaria. Senti aquela vontade louca, sufocante eu diria, de te ter naquele exato momento. Sentir tua pele na minha, como tinha de ser. Desliguei o telefone e dei lugar as minhas pequenas neuroses, que me acompanham desde sempre, fiquei com ciúme, raiva e vontade de nunca mais nem te escutar dizer oi. 
   Então com a certeza de que eu estava certa, ignorei o menino que me dizia coisas lindas e provava exatamente o inverso. Estava tão farta daquela merda de joguinho de palavras "o seu sorriso encanta", "nunca encontrei nenhuma mulher que fosse como você" e por ai vai.. palavras que só serviam pra deixar viciada naquela voz, naquele homem, naquele quase sei lá o quê. Era uma vontade constante de estar com ele, mas ele nunca podia estar comigo, todavia não deixava suas outras "amiguinhas" e nem se importava em comentar e curtir todas as fotos e status postados por elas. Quanto a mim, nada. É, nadica de nada. 
  Então, não que eu tenha cansado dele. É só que tenho raiva demais daquele babaca a quem um dia depositei fé e um pouco de esperança de ser feliz.

Sâmela.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Minha Paris.


Minha Paris. Minha? Sim, quando durmo, nos meus sonhos, ela é minha. Só minha. Sonho com ela, com a sua bela arquitetura e com o lindo parisiense que me encantará e me chamará de “sua”. Mas há quem diga que sou muito da sonhadora,  e que quem sonha muito costuma “quebrar a cara”, porém, não tenho medo. Arrisco. A minha Paris me faz acreditar que tudo é possível e que o sonho nada mais é do que a inspiração que te ajuda a seguir em frente e a lutar pelos seus sonhos ao acordar.
O sonho sempre termina antes da melhor parte, claro! O melhor a gente realiza acordado.E a minha Paris não me decepcionará, tenho certeza disso. Um dia ainda vou acordar e olhar pela janela e analisar aquele clima temperado com invernos clementes e verões relativamente frescos e planejar meu dia passando pela Catedral de Notre-Dame, com uma parada essencial na Place des Vosges e com uma seção fotográfica na mais admirada Torre Eiffel.
Pode parecer que faço propaganda da mais bela Paris, mas sequer a conheço, sequer sei seus costumes. Sou apenas uma sonhadora que tem um carisma pela Paris dos sonhos mesmo que haja seus poréns.
Ah! Como esquecer do café parisiense com a mais bela das amigas? Exatamente! Na minha Paris a cafeteria é dos deuses, e é claro que lá será um UP para os meus escritos. Ah, minha Paris, minha! Minha e de quem acredita em sonhos.

Marcele Gorito

(...)


Não sei bem o que houve, quando dei por mim estava no banco da praça observando as suas caminhadas matinais, seguindo-te indiscretamente com o olhar. Quando dei por mim estava perguntando-te as horas e gaguejando ao falar. Você me olhava com um sorriso de meia boca e eu não sabia o que poderia ser dito para que não interrompesse tal momento. Os assuntos me fugiam...
Quando dei por mim estávamos tomando açaí e trocando número de celular.
Quando dei por mim percebi estar apaixonada, mas aí já era tarde demais. Não tarde demais para ser feliz. Não,não! Você me trouxe o ar, o chão, me trouxe o que há muito havia fugido de mim: a felicidade.

Marcele Gorito

Você é assim


Você se encaixa tão bem em mim. Seu jeito estranho de falar combina com a minha estranheza  Seu jeito meio torto de andar fica perfeito junto as minhas pernas desengonçadas. Seu perfume é tão doce quanto o meu, o seu olhar me tranquiliza e o seu beijo me faz tão contente. Você se encaixa tão bem nas minhas músicas, nas poesias recitadas no meio da noite, nos meus textos escritos nas primeiras horas do dia.Você se encaixa perfeitamente em tudo. Tudo!

Marcele Gorito

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Escrevo-te estas mal traçadas linhas meu amor!


E ainda que me privassem de escrever para ti eu não conseguiria guardar as palavras apenas dentro de mim. Ainda que quisessem me afastar de ti, eu não deixaria. Ninguém pode conter as minhas palavras, ninguém pode sequer dizer que são para ti, a não ser que assine seu nome, coisa que você sabe bem que não faria. Escrevo-te sim, escrevo-te uma carta, uma frase, um poema. Escrevo-te nas entrelinhas, escrevo-te nos ditados não ditos, e nada preciso dizer. Você no fundo sabe que é sobre você e para você que escrevo. Talvez não hoje, mas talvez amanhã, pela manhã, quando o sol bater na minha janela me fazendo lembrar, me fazendo sentir e só assim me inspirar. 

Marcele Gorito

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Amor ventania

Você foi um daqueles amores que cegam a gente, que trazem amargura e dor. Que chega meio manso, meio meigo, meio amigo e meio fofo e quando vê acaba com a vida da gente. 






" Foi assim... Aquele amor de verão mais que terminou antes do mesmo. Não foi aquele amor que rendeu até o outono, foi aquele amor passageiro, mas que nos leva junto com ele no embalo da carruagem.  Não se engane minha gente, um amor como esse te torna tão fria como o gelo e tão rude quanto uma pedra. Talvez por puro modo de proteção ou por puro aprendizado. "

E você foi um desses amores. Você fingiu amar, fingiu ficar, fingiu ser meu. Enquanto eu era toda realidade, enquanto o enxoval do nosso casamento estava sendo comprado com todo carinho, com todo gosto especial. E de que vale agora? Nada. Pois o mesmo rasguei, rasguei e pus fogo. Pus fogo no que fazia lembrar-me de ti, só não pude pôr fogo em mim, porque uma coisa que aprendi nessa vida foi que não vale a pena se sacrificar por ninguém, e em todos os sentidos. E tenho dito.


Marcele Gorito.

Você quem disse


Meia noite, você aí no outro canto da cidade talvez com um livro na mão ou passeando pelas ruas de seu bairro. Estranho seria ligar e perguntar se nos veremos novamente, quando na verdade o que queremos é distância um do outro. Não por não gostar, não por simplesmente não querer. É só medo.
Medo de esbarrar os olhares, medo de não ser como antigamente. Nós temos medo até mesmo de usar as palavras, de dizer um simples “oi”. E esse medo vem da insegurança, da vontade contraditória de nos tocarmos, e é justamente por isso que nos evitamos mesmo com a vontade incondicional de estarmos na presença um do outro, de sentirmos a respiração um do outro.
Perguntam por aí o porquê do nosso fim, mas jamais alguém entenderia, por mais que explicássemos. A gente se ama, a gente só não se gosta mais. A gente se quer, a gente só não sabe viver junto.

                                                  Marcele Gorito.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Pré-requisito


Quem disse que preciso agir nos conformes, falar bonito pra ser uma boa garota?
É pré-requisito? Pois que seja, não me torno menos “mulher” por dizer palavrão, por não gostar de maquiagem e preferir tênis a salto alto. Não posso, ou não deveria me tornar menos feminina por coisas inúteis que não definem sexo, como a roupa do corpo.
Não é porque eu gosto de calça jeans e odeio vestidos, não é porque eu não me incomodo de sair na rua de coque no cabelo e pés descalços que me torno menos menina. Não é porque eu larguei as minhas bonecas mais cedo do que as outras crianças que eu não era considerada a garotinha do papai.


E não é porque eu não falo de Deus o tempo inteiro, como algumas pessoas fanáticas que acham que falando Dele o tempo inteiro e odiando ao próximo já estarão salvos, que eu não O ame, e que eu não acredite no mesmo. Pelo contrário, não preciso gritar aos quatro cantos do universo o meu amor. Afinal, o amor é meu, não é?


Marcele Gorito.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Pode não parecer, mas eu sei.


Nos esbarramos pelos cantos da cidade, nos olhamos, ameçamos a chegar perto um do outro, mas não chegamos, permanecemos com a distância quilométrica, permanecemos com o muro entre nós. Faltam-nos palavras para um diálogo, faltam-nos atiude e atrevimento, mas na verdade não sabemos o porque disso tudo, não sabemos o que nos afastou. Se foi a falta de tempo, a falta de vontade, sei lá o quê.
Você anda perguntando sobre mim, eu sei. O moço da padaria contou-me, contou-me que você costuma comprar pão cinco minutos depois de mim, a senhora que vende jornal na esquina me pergunta o que nos aconteceu e é uma pergunta sem resposta e tudo o que consigo dizer é “são coisas da vida...”, mas eu mesma gostaria de nos entender. 
Meus amigos ainda me perguntam sobre você, e eu digo que você está feliz seguindo a sua vida com o seu novo amor, se é que tem um novo amor. E eu sei que você procura saber de mim, eu sei que ainda lê meus escritos, minha página na internet ainda é a sua página principal e também sei que as vezes você se pega olhando pra minha foto e permite que uma lágrima escorra pela sua face.
Sei tanto por te conhecer, assim como sei que você também sabe que nesse momento estou aqui, escrevendo mais um texto cujo assunto é você, você sabe e está a espreita para ler mais um dos meus, dái você lerá cinco vezes  e depois abrirá um sorriso de meia boca como de costume e pensará “Ah, minha escritora”. Eu sei e você sabe, e sempre será assim, juntos ou separados, mesmo que você ande na calçada oposta a minha, mesmo que esqueçamos os nomes uns dos outros, eu ainda saberei que você estará tomando aquele delicioso vinho pensando em mim, no que devo estar fazendo, no meu próximo texto.
E quando eu conseguir publicar meu livro, eu sei, você estará na fila de autógrafos, mesmo que de cabeça baixa e mesmo que minta o nome, você estará lá. Por mim, por você, eu sei.


Marcele Gorito.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

(...)

Encontrara um motivo para sorrir, ah, encontrara. Encontrara em Fábio a certeza de um futuro bom, de um futuro auspicioso. 

Ana conhecera Fábio através de amigos em comum, quando estavam numa festa. Festa essa em que Fábio derramou vinho no formoso vestido da garota mais bela, que logo ficou enfadada. O moreno de cabelos castanhos se desculpou velozmente, tentando ajudá-la de alguma forma, mas ainda assim  conseguiu fazer outra asneira de derramar mais vinho na bela garota, que dessa vez riu da situação e disse para que o mesmo não se preocupasse e que a esmo sua casa não ficava longe dali. 
Ana foi-se, e deixou encanto no ar. Não sabe-se com quem, mas Fábio conseguiu o telefone dela, e telefonara para ela com ardor, dentro dele algo gritava para conhecê-la melhor.
E assim foi.. Se encontraram muitas vezes depois, construíram um carinho, uma amizade, construíram uma confiança que fez com que se intensificasse cada vez mais o gostar.

Se fizeram presentes na vida um do outro, se fizeram casal, amigos, amantes, fizeram lapidar o amor.

Marcele Gorito.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Mas não era uma carta,

Hoje acordei cedo com uma vontade louca de escrever pra você. Sim! Pra você meu amor! Uma vontade louca de dizer que sinto saudades, que meu coração acelera quando o telefone toca e aparece seu número na tela, que meus dedos coçam freneticamente para não mandar uma mensagem só pra saber como está sendo seu dia, que minha cabeça pira quando sua voz surge no ar.
Ah, anjo meu, meu anjo. Vem ficar comigo vem? Sei que também deseja isso, ah, eu sei! Vem? Vem ser feliz ao meu lado? Correr, pular, brincar e sorrir comigo? Vem ser meu eterno anjo? Ou simplesmente venha ser meu anjo de momento? Vem pra cá, vem pro meu lado, vem?
Não sei o que anda pensando muito menos o que anda fazendo, mas sei, no fundo eu sei que é ao meu lado que pretende ficar. Só não sei o porque dessa confusão toda, se eu, você, nós sabemos bem o que queremos.
Mas também se não for, tudo bem. Ainda assim será meu anjo.

MarceleG.

sábado, 3 de novembro de 2012



"Não existe má fase que a primavera não leve. O vento no rosto, o sol na cabeça e o cheiro das flores. Que novembro venha com novos amores, novas conquistas e novos sorrisos. Que apague tudo de ruim que outubro me fez passar. E que seque todas as lágrimas que outubro deixou rolar.."

- Sâmela Almeida 

" .. Hoje a noite está tão clara que parece amanhecer, eu tento juntar cacos de palavras para lhe dar e simplesmente não consigo, talvez por não querer, talvez por não poder.. Parece tão fácil e ao mesmo tempo impossível te definir em palavras..Me tira o sono, me perturba a cabeça e ferve minha alma. É tanto desejo de te ter aqui nessa noite de lua sem luar que só faço enlouquecer de tanta vontade de qualquer coisa que acalmasse essa paixão. E ainda assim, reviro na cama e olhando o telefone não consigo te ligar. Não sei o que dizer.. "

Sâmela Almeida

Meu quarto, minha cama. O melhor lugar para ficar quando quero me aquietar, pensar na vida e ouvir músicas.

- Mãe, por favor. Se estou aqui é porque gostaria de ficar só, ouvindo o barulho do ventilador e das teclas do computador.
- O que houve minha filha?
- Nada. Só quero chorar em paz.
- Chorar? O que te fizeram?
- Nada. Só meu coração que tá doendo.
- Quer ir ao hospital?
- Não, médico algum resolveria meu problema.

E minha mãe foi embora para o seu quarto dormir, enquanto eu continuo aqui escrevendo palavras desconexas, com lágrimas de não sei o quê escorrendo pela minha face enquanto ouço Cazuza como música de fundo até quem sabe, eu conseguir dormir num profundo sono tranquilo.

Marcele Gorito

" Um sorriso forte, capaz de afastar a tristeza, uma alma tão pura capaz de deixar sem força a maldade, é assim que eu te vejo.. Uma pessoa capaz de tudo, forte, mesmo achando que não. Não importa quantas vezes você caia, não importa quantas vezes você deixe de sorrir, eu sempre estarei aqui. Porque sei que você é forte e capaz de tudo, mesmo que ache que não"

Sâmela Almeida

A emoção acabou.


Pra que mentir dizendo que se importa e que o que importa é me fazer feliz? Pra que usar de palavras bonitas, palavras ditas de puro encanto se não deseja ficar?


Me sinto estranha só de ter me encantado novamente por alguém, por mais uma vez cair no conto do vigário. O que quer de mim? Será que não sabe que me apego fácil e não gosto de ficar só? Porque me conquistou se não pretendia nunca fazer parte da minha história? Te achava diferente dos outros, achei  que dessa vez daria certo, mas não. 
E otária fui eu por achar que poderia ter sentimento, ao menos uma vez.

Marcele Gorito

Me faz feliz?


Resolvera alegrar meu dia, com um pouco de álcool e músicas dos anos 80. Me fazia bem, me fazia feliz. A cabeça girava e o coração acelerava, saudade batia no peito e lágrimas caíam dos olhos. Queria voltar no tempo, queria adiantar 5 anos, queria jamais ter nascido, mas tudo quanto eu pensava me arrependia logo em seguida. Era como se estivesse ali e ao mesmo tempo não estivesse, esperando por algo que eu sabia que nunca chegaria, pensamentos rolando soltos em meio ao vento e minha cabeça atordoada e zonza pelo efeito do álcool. Ele vinha  em meus pensamentos e meu coração apertava de dor, chorava e soluçava ao lembrar da nossa história de amor, sentia necessidade de um abraço, sentia a necessidade de ter alguém mesmo sabendo que não teria ninguém.


Marcele Gorito

À espera.


" Só queria um boa noite seu pra poder dormir em paz, uma palavra sincera e que não me deixasse em dúvidas. Precisava de um pouco de carinho seu, de seus abraços e beijos na testa, mas percebo que nesse Novembro não terei isso, nem um pouco pra contar história. E o bom de deitar na minha cama e colocar o fone de ouvido com uma boa música sentimentalista é que durmo rápido e só assim consigo sonhar com você, porque pelo menos lá, no meu sonho você é meu, só meu. "

 Marcele Gorito

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Desacreditou

Ela anda desacreditada no amor, muito a magoaram e não souberam fazê-la feliz da maneira que merece e sempre mereceu. Menina, garota, mulher, tudo em um só corpo. Menina-mulher, que é doce, sensível e vive a procura de quem a complete, a procura de quem a queira de verdade, queira fazê-la feliz e que não pense na partida. Garota sonhadora, garota moleca, sapeca e risonha. Ela gosta de tentar a sorte, mas de tanto bater com a escuridão se fechou, e hoje a doce menina-mulher virou gelo.

Marcele Gorito

Clichê

Sinceramente não sei bem o que me trouxe aqui para escrever, escrever o que sei que muitos não lerão, mas é que preciso desabafar.


Ando cansada das características pré-formuladas desse círculo mundano, cansada das pessoas que não conseguem enxergar como o sol é lindo mas conseguem reparar na roupa de marca ao qual o outro está usando. Parece clichê, deve mesmo ser. Tendo dito que as pessoas são o que a sociedade quer que elas sejam e quanto a isso solto o meu eterno "dane-se", afinal, porque eu deveria ser a barbie articulada, linda e perfeita se sou humana?

Marcele Gorito

O fim

Não sei o porque de tanta saudade quando na verdade o que eu mais queria era estar te odiando. Me apeguei de um jeito estranho e não sei como mudar isso, talvez esteja me iludindo novamente e novamente acho que pode ser diferente quando na verdade já sei o final da história: eu trancada no quarto chorando e escrevendo trilhões de pensamentos; você feliz, saindo com os amigos e fingindo não me conhecer.


Marcele Gorito

Meu falso herói.

Cheguei a achar que você fosse diferente de todos os outros, te achava o melhor, te achava o meu herói. Era você que tinha o melhor abraço, o melhor consolo, as melhores palavras. Mas percebi que esse herói só existia dentro de mim, eu o criei, porque na realidade ele nunca existiu.

Marcele Gorito

Meu eu.



É tão estranho ficar aqui sentada, as pessoas passam e não reconheço ninguém e é como se de fato estivesse sozinha. Vazio. É isso que há dentro de mim. Um vazio. Sorrio e aceno, mas as pessoas não me cumprimentam. E de repente estou invisível. Levanto e corro por entre a multidão e percebo que já não conheço o lugar onde estou e já não entendo mais o que as pessoas tentam me dizer. Observo cada olhar sobre mim e me sinto uma estranha dentro do meu próprio eu, me perco, me busco, sento na areia da praia e ninguém me reconhece, que bom. Melhor assim.

                                                             Marcele Gorito

"Preciso aprender a me doar menos, aprender a não esperar nada de ninguém, afinal, quem espera se decepciona. Quero me surpreender, quero coisas novas, pessoas novas e momentos diferentes, quero pensamentos felizes e não quero mais planejar, quero fazer acontecer. Preciso aprender a não amar quem gosta de pisar. "

  - Marcele Gorito


"Porque eu preciso de desejo, eu preciso que me queira, mas me queira mais que tudo. então se for só pra brincar comigo, final da fila e boa sorte, porque de babacas como você eu já estou farta." 

                                           Sâmela Almeida

Mas eu nunca tive


Acordei, mas a cama estava insuportavelmente confortável. Não queria levantar, não queria ver o sol, não queria ver ninguém nem mesmo a minha imagem no espelho. Liguei a televisão e apressadamente fui mudando de canal sem prestar a atenção mas logo em seguida a desliguei. Peguei um livro mas não conseguia ler sequer uma linha. Não era tédio, não era saudade, não se tem saudade do que nunca se teve. Era falta, falta de algo que eu nunca tive.

                                                            Marcele Gorito


Por que não arriscar?




Caramba! – exclamava sempre ao pensar nele. Era inevitável a forma como ela mudava na presença dele. Ficava mais artificial, forçada, fazendo tudo ao pé da letra pra não ter erro, mas mal sabia que não precisava de nada disso, era uma asneira tentar conquistar alguém que ela já havia conquistado mesmo sem saber.
Ele sorria ao pensar nela e suas mãos suavam só de estar em sua presença. Ela não sabia, nem ele.
Sentimento oculto, sentimento sincero. Dois corações vencidos pela timidez e pela falta de segurança; Ambos tinham medo do ‘não’, porque não sabiam que ambos diriam ‘sim’ um para o outro.
E assim o tempo passou, e a vida deles tomou rumos diferentes. A timidez não deixou que seguissem em frente, nunca tentaram, jamais se arriscaram e ficaram sem saber se um dia dariam certo.
Agora cada um estava indo pro seu lado, com aquele amor guardado no peito, ambos encontraram alguém pra passar o tempo.
E ambos estão fingindo uma felicidade, ambos estão sobrevivendo.


Marcele Gorito

Amor, amizade ou paixão?


Ela havia se acostumado a solidão do quarto, as noites frias debaixo do edredon e as músicas tristes que passaram a fazer parte de sua vida. Ela comia chocolate e formulava novos textos na cabeça mas não ousava passar para o papel. Estava vivendo, estava sobrevivendo, não queria mais acreditar em nada e em mais ninguém. Ela queria ficar sozinha com ela mesma.
Mas daí surgiu um contratempo, uma contradição. Alguém surgiu e deu alegria aos dias de solidão, fez companhia para comer chocolates, ouviu músicas tristes de apoio sentimental. Surgiu alguém que a cativou, que a acolheu quando ela mais precisou e quando ela menos acreditou.
Não falo de amor, não falo de paixão, falo de amizade. Ou talvez de amor, não sei.

                                      Marcele Gorito

Fiquei procurando onde você estava, mas bastava olhar pra minha imagem no espelho que era fácil te encontrar. É, você estava em mim. No meu olhar, no meu pensar e no meu sorrir. Te criei, te personalizei e te tornei meu. Meu falar, meu querer. Te tornei minha importância, minha preocupação, tudo dentro de mim, sem ao menos deixar você perceber.

Marcele Gorito

Inocência


Não sei quando começou, quando vi estavam de papo na escada da escola dele; ela era meiga, doce e inocente, se achava durona mas era fácil um garoto como ele enganar meninas assim. Ela acreditava que era querida por ele e até foi, mas não o suficiente para ser a única. Ela queria ele. Ele queria ela, mas olhava as outras e pegava qualquer tipinho. Calejada desse amor ela resolveu seguir em frente abarrotando o coração e fingindo que havia esquecido aquele amor ingrato. Se envolveu com um velho conhecido. Palavras doces, voz de veludo, mãos quentes... Pensamentos loucos. Mas ele se achava o maioral e ela achava bonitinho, a opinião dele para ela valia muito. Foi um desses amores amargos que a gente não gosta de lembrar, com começo feliz e chance de ser pra sempre. Terminou na cama, chorando, comendo chocolate já que não podia beber vodka. Dor que não tinha fim, nada fazia curar, era um vazio, um buraco no peito. Até que aquele amor antigo ressurge e arde mais forte e se faz notar. Ela não sabia se acreditava, tinha medo. Cansou de ter má sorte no amor e queria se fechar. Tão inocente que chega a ser bonito. Será que não sabes menina, o coração sempre quer o que a cabeça não deixa?! Agora está lá, estudando, pensando e escrevendo.

                                         Sâmela Almeida


Indiferença




Você já não manda mais mensagens para os mesmos números, meu celular já não toca mais e agora ninguém mais sente a minha falta. Porque era você o menino dos meus sonhos, era você que me completaria no futuro distante e era você que me acalmaria e me estenderia as mãos ao cair da noite, mas eu deixei você ir.
Deixei que fosse e seguisse seus caminhos, parei de seguir seus passos e já não lembrava mais seu nome, as notícias cada vez ficavam mais escassas até que já não existiam. As lembranças morreram junto com aquilo que você sentia, aquilo que só você sabia decifrar, aquilo que eu nunca compreendi a não ser em outros corpos e em outros corações, aquilo que eu jamais me permiti sentir por você.
Não sinto falta, acho que jamais senti. Só que é bom ser alvo de encanto, é bom ser amada e querida, já não sei mais o que é isso, não sei mais definir o que é bom e o que é ruim.
Se ouço falar nem presto atenção, se passa por mim finge não me ver. Não o culpo, faria o mesmo. Não há lembranças, tampouco palavras que façam com que eu me lembre do que você foi um dia pra mim, se é que foi.
Você passou como tudo passa na minha vida, só que diferente de muitos, você passou e não marcou. 

                                  Marcele Gorito

Menina!



Ó menina, não fiques assim, não fiques tão cabisbaixa, és merecedora de um sorriso belo, ficas tão linda quando o tens. Ó pele morena, porque andas tão insegura? Onde foi parar suas certezas? Ó menina mulher, não deixes que ele leve seu coração novamente, não permitas cair no conto do vigário. Não deixes que a machuquem mais uma vez, acabas de se levantar . 

- Marcele Gorito

Pra quem é esse tal de amor?


Fico me perguntando ao cair da noite, na verdade fico me perguntando o dia inteiro o que foi que eu fiz pra não merecer isso. O amor não é para todos? Ou eu não devo me incluir no ‘todos’?

Tem razão quem diz que amor é para os fortes, admito que sou muito fraca, fraca porque me iludo facilmente e acredito nas palavras ditas da boca pra fora. Sei como devo agir mas não quero agir, talvez seja por isso que o amor foge de mim, talvez eu não tenha maturidade pra isso, talvez ainda haja muito o que aprender. Não há pessoa certa pra pessoa errada, e talvez seja esse o meu problema.


Marcele Gorito

E daí vem o sofrer...


Ela encantara-se com um sorriso, mas não levou fé no coração. Ele tentava, ela negava. Carlos estava apaixonado, tinha certeza do quanto queria Samantha, seu coração pulsava forte ao pensar nela. Escrevia coisas para agradá-la, corria atrás e ao estar com Jonas, amigo em comum dos dois, só sabia citar o nome dela ao mesmo tempo em que captava os menores detalhes que poderia saber de sua vida. Por outro lado, Samantha estava apaixonando-se mas recusava-se acreditar, julgava-se incapaz de viver um grande amor. Não sabia como havia começado essa história toda, só sabia que estava se apegando e ao contrário do início da história, do final ela já sabia o enredo. Ele entregava-se como nunca, ela encondia-se na timidez, dizendo não para os desejos do coração enquanto Carlos fantasiava a história
de amor mais bela já existente. Samantha conseguiu convencer-se de que não seria mais possível fingir, pois já estava estampado na cara a felicidade que sentia ao estar junto de Carlos. Eles se completavam... Mas não se sabe se Carlos havia cansado da espera por ela, ou se tudo não havia passado de um ledo engano. A luz que os interligava havia se apagado. Confusões, pessoas e situações haviam destruído algo que não teve começo, algo que se tornou incerto, algo que não começou e que não teve fim. Samantha resolvera entregar-se quando Carlos estava partindo, partindo da mesma forma que havia chegado: de repente, sem mais nem menos. Ele partira sem explicações, sem dizer as palavras que estavam entaladas em sua garganta, deixando Samantha em extrema curiosidade, que nunca soube o que ele diria, que nunca soube o que ele de verdade sentia. Ele partiu e com isso deixou um coração ferido, um coração inocente e sem experiência quando se trata de amor. Deixou para trás mesmo dizendo que se importava e que tinha sentimentos por ela. Deixou para trás um coração que ainda espera por ele, um coração que ainda o procura por entre a multidão. Samantha nunca mais acreditou no amor, pois ela havia perdido quem havia dado sentido a essa pequena palavra. Hoje, ela encanta-se com um português a distância, mas não é amor. Não, não é! É carinho, é carência.
Ela chora, escreve lamentos e pede a Deus todos os dias para aliviar a dor que carrega no peito, pede a Deus para curar a ferida do coração para que um dia volte a amar e que encontre alguém que a tire da realidade, mas que não seja uma mentira. E assim como Samantha, muita gente se envolve numa história ilusória, cai no truque do amor, se apega e perde antes de ter, e daí vem o sofrer...




Marcele Gorito

Simplicidade


Estava parada no portão da casa ao esperar por ele. Cinco minutos e ele apareceu com um lindo sorriso no rosto, com uma roupa folgada e pés descalços. Era assim que se encontrava mais lindo do que nunca. Não precisava de roupas bonitas, cabelo arrumado muito menos de perfume, ele tinha cheiro próprio, um aroma adocicado e extravagante. Aproximava-se de mim com sede de amor, beijava-me a testa e acariciava
minha face seguido de um abraço acolhedor, e era nesse momento que eu desabava, chorava e desabafava sobre as dores do dia, ele ouvia-me pacientemente e com preocupação. Eu não conseguia ter medo do que ele pensaria de mim, confiava de olhos fechados, era meu porto seguro e com certeza eu também era o seu. Depois dos desabafos ele fazia-me cócegas para fazer-me sorrir, olhávamos para o céu de mãos dadas, contávamos as estrelas e fazíamos pedidos ao luar. Era amor, era verdadeiro. Tocava meus lábios com seus dedos e olhava-me nos olhos enquanto emitia um sorriso de ponta a ponta, alisava meu queixo e recitava poesias. Beijava-me os lábios, beijava-me com fervor, com sede, beijava-me calmamente e ardentemente. Beijava-me.. Acordei assustada com lágrimas nos olhos, havia tido um sonho. Um sonho lindo onde estava junto ao amor, o amor que um dia me pertenceu, porém, o perdi.


Marcele Gorito

Não! Suma!

Tire-me dessa solidão, dessa intensa agonia, tire-me desse tédio, dessa monotonia. Quero te sentir de novo e sussurrar o quanto te amo. Não! Não! Quero gritar para que todos possam saber. É verdadeiro, e só eu sei. Só eu sei das dores de amor que sinto ao cair da noite, do vazio que corrói meu peito ao esperar por você quando não sei mais o que esperar. Histórias, fantasias de amor que eu crio em minha cabeça, mas que não passam de doces sonhos. Tire-me daqui, dessa angústia. Fuja! Fuja comigo! Cumpra as promessas que fizemos na praia ao pôr do sol, faça-me feliz de novo como já fez um dia... Tire-me daqui... Tire-me de você... Saia de mim.

                                                                     Marcele Gorito

Diamantes


Sabe aquele dia em que você acorda e pede a Deus que te aconteça algo de bom? Você não percebe, mas lá de cima ele está planejando tudo de melhor. E foi assim comigo. Eu pedi a Deus que me mandasse um sinal, uma luz pra alegrar minha vida, e ele mandou.


Mandou dois diamantes com a condição de que eu prometesse cuidar, polir e proteger com todas as minhas forças. E é o que eu tenho feito com esses diamantes que de um dia pro outro surgiram na minha vida e que de uma maneira surpreendente que na verdade eu desconheço ganharam um grau de importância muito alto, e quando me perguntam “o que isso significa para você?” eu respondo com toda a sinceridade “o meu mundo”. Esses diamantes têm nome e endereço, esses diamantes erguem meu muro toda vez que ele desmorona, esses diamantes não se importam de passar um dia ou um ano ouvindo meus problemas, porque no fundo, sabe que eu faria o mesmo. A cada dia que passa eu continuo a polir mais e mais esses diamantes para que a cada dia eles fiquem mais lindos e que com o tempo se tornem mais verdadeiros e que sejam duradouro, pois eu aprendi a amar esses diamantes, aprendi a amar com todas as minhas forças.

                                        Marcele Gorito

Sorrir chorando.



Em casa, nada esperava, muito menos alguém. Ficava naquela velha rotina desanimada de escrever um novo texto e ler um novo livro além da constante dor de um amor não correspondido. As minhas lágrimas não mais caíam pois não havia mais lágrimas para cair e o meu sorriso já era acostumado a ser daquele jeito forçado. O sol brilhava lá fora mas a persiana não permitia que meu quarto fosse iluminado e eu já não fazia questão de abrir a janela enquanto ouvia músicas que faziam apertar meu coração. Meus olhos pestanejavam e bem no fundo conseguia-se ver a tristeza em meu olhar, um olhar que traduzia nostalgia, um misto de saudade e solidão. Há quem diga que espero demais da vida, mas não. Não espero nada da vida mas sim das pessoas. Espero um abraço acolhedor, um beijo na testa, uma palavra amiga e um "boa noite" ao fim do dia. Termino meu dia de maneira oposta. Acordo sorrindo e durmo chorando, um choro por nada, um choro vazio composto apenas pela música que me toca.


Marcele Gorito

Pode demorar...


Que demore! Que demore quatro anos ou apenas alguns dias. Que demore várias primaveras ou que demore apenas um verão. Demore!Demore décadas e séculos, demore quanto achar que deves demorar! Demore um dia, demore cinco minutos ou muito mais que isso! Apenas demore quanto quiseres! Demore, pois eu sei que passará. Demore! Demore, pois eu esquecerei. Demorará, mas vou esquecer, vou esquecer aquela lágrima que de mim rolou ao ver um sorriso teu. Demore! E vou esquecer aquela ferida que tu me fizeste, vai cicatrizar. E depois que demorar e que passar o tempo, não mais doerá, as lágrimas não mais rolarão. Eu vou esquecer, esquecer as palavras que saíram de tua boca, esquecer do amor não correspondido, esquecer das noites de amor que para tu nunca significastes nada. Demore! Demore, mas sei que passará, e quando passar não sobrará nem vestígios daquele meu amor, daquele meu carinho. Por isso demore! Demore! Pois quando passar, passará para sempre.


                                                                                Marcele Gorito

Peço aos céus um pouco de luz e menos amor. Menos dor e cabeça confusa. Irei encontrar seus passos seja onde for, nem que seja pela última vez ao menos para poder lhe dizer que você é o meu sol e que bate saudade em meu coração. Sorrio para o luar, pois de algum lugar qualquer você também pode ver a lua brilhar, e olhar para lua é como olhar para você..



Marcele Gorito

Conhecer-te!


Ah, que bom conhecer-te! Conhecer-te quando o mar estava prestes a me afogar Conhecer-te quando nada mais poderia dar certo Quando eu não tinha mais salvação Conhecer-te! Conhecer-te quando virei as costas pro mundo, e então você sorriu pra mim Conhecer-te quando minhas palavras se faziam desconexas Conhecer-te quando tudo estava dando errado... Você veio e me fez a coisa certa Se tornou o caminho certo da pessoa errada.

Marcele Gorito

Chega!


Remexo-me na cama, o sono exita em chegar, o pensamento lá em você na esperança de encontrar-te em sonho. O seu sorriso me abençoou e os seus olhos me fascinaram. Não é conto, muito menos uma história de amor, é só meu coração batendo, minha alma sorrindo e minha razão falando mais alto. Hoje penso mais, não acredito em falsas promessas; devaneios só enquanto estiver no conforto de minha cama, sorriso de meia boca para quem me é indiferente. Desse modo levo meu ser, remexo-me na cama pensando em você, porém, com a consciência limpa de que não esperarei nada. Nada de incertezas, de falso amor, de alusões. Nada de rancor, nada de coração bobo e apaixonado.

Marcele Gorito

Desconhecido

O cheiro do café entrava pelas narinas e minhas mãos tremiam calorosamente, talvez por estar com medo ou por simplesmente não saber o que fazer quando chegasse em casa. Solteira. Desempregada. O barulho do metrô me trazia a vasta realidade. Aquela velha história de busca por uma nova vida fazia meu coração palpitar e minha face transpirar, assistir a TV passava-se a ser inútil e decepcionante, ruborizava a cada gesto e tentativa de argumentação equívoca. Martha! Martha!- ouvia chamar meu nome. Procurava quem, procurava onde mas era de pouca valia, era o meu próprio fantasma cobrando-me as próprias necessidades da vida, era o que chamamos de subconsciente indagando as novas perspectivas. Anoitecia em casa, anoitecia na estação de metrô, agora já era dia do outro lado do mundo, e aquela que era forte como um escudo se desfazia na sala de sua casa em meio a tantos pensamentos soltos, em meio a tanta melancolia. E logo ao amanhecer sair da cama era a coisa que ela se negava a fazer, o desemprego já era fatídico, há tempos não escrevia uma só linha, há tempos não escrevia um só livro. Coisas aconteciam em sua vida, com razões que ela mesma agradecia por desconhecer.


                                               Marcele Gorito

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Talvez um dia eu compreenda

Não sei porque mas de uns dias pra cá não consigo mais me concentrar, sentar e escrever. Nem sequer quero pensar nas palavras, talvez hoje tenha sido uma exceção. Todos me perguntam sobre o meu novo texto e ficam desiludidos quando digo que não há um novo texto há meses, nem uma mísera frase tenho conseguido formular. Não consigo ler, nem escrever. O que há de errado comigo? Porque não tenho feito as coisas que mais amo fazer nessa vida?
É estranho se sentir estranha dentro de você mesma, é estranho querer fugir de si própria e parar de se questionar. Quanto mais questionamentos, maior a confusão. Não, não gente, não é que me encontro apaixonada não, é que eu tô curtindo essa fase de não querer nem esperar nada, daí me pego assim, pensando em não sei o quê, falando palavras a vulso sem fazer questão de que compreendam.

                                                                                                                  Marcele Gorito

Eu gosto, é isso!



A verdade é que eu gosto quando ele me chama de "meu amor" ou de "garota chata", gosto quando puxa o meu cabelo ou me puxa pra perto, quando me ofende mas logo me beija, quando me encanta ou quando me irrita, quando me abraça e sorri pra mim, eu só gosto, e é isso!

                                                                                                                       Marcele Gorito

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Porque a gente é desse jeito, a gente cria conceito.



Estávamos deitados no quarto em meio a carícias e maus tratos. Era nosso jeito de amar, de querer bem um ao outro. Tanta conversa, tanto segredo jogado ao vento, tantos olhares que transmitiam encanto.  Ele fazia-me cafuné enquanto eu o mordiscava, tarde feliz não é? Pois é, a felicidade não requer apenas abraços e beijos junto a palavras bonitas. Às vezes um simples olhar pode dizer muito mais. Estávamos ofendendo um ao outro, está certo que com ofensas idiotas, mas éramos verdadeiros idiotas diante de um sentimento ao qual nenhum dos dois havia identificado qual era. Sorríamos um com o outro, trocávamos mensagem de texto para se fazer lembrar e não cair no esquecimento. Daí eu me pergunto: pra que tanta chance desperdiçada? E a verdade é que as coisas acontecem no tempo certo. Talvez se tivesse acontecido antes não teria dado certo, talvez naquele momento nenhum de nós estivéssemos preparados para tal coisa. E foi tão ruim acontecer só agora? Digo por mim que não, não foi. Porque aconteceu agora pra acontecer intenso como está sendo. E não me arrependo da quantidade de “não” que um dia dei, de quantas noites fiquei a pensar o que seria realmente bom pra mim, o que realmente me faria feliz, porque hoje me sinto bem e aprendi a dar valor a quem me quer bem, e não a quem simplesmente me quer.

Marcele Gorito

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Não esperava. Não esperava que você surgisse assim de repente, nem que roubasse parte de mim, não esperava me iludir de novo, jurei nunca mais acreditar em falsas promessas e em novos amores. Sei que é tudo questão de tempo, questão de tempo pra que eu sofra mais uma vez como sempre, questão de tempo pra você dizer adeus. Eu sei, eu sei. E mesmo sabendo ainda sou inocente o suficiente pra acreditar que dessa vez pode ser diferente.

Marcele Gorito.
Esta manhã foi diferente de todas as outras. Ela não acordou cedo como de costume e muito menos preparou o café, ele a chamava mas ela custava a responder. Maria andava cansada e suas pernas mal a mantinham de pé, suas mãos já não aguentavam segurar o copo de água. Esta manhã ela não sentou na varanda para ver a rua, não fez o almoço e o deixou com fome, esta manhã ela não foi à padaria e não falou com ninguém. Sabia ele que logo a estaria perdendo e hoje resolveu abraçá-la e beijá-la na testa como há 25 anos atrás. E essa havia sido a despedida pois na tarde deste mesmo dia, quando deitou para assistir sua novela, ela fechou os olhos num sono profundo, num sono eterno.

Marcele Gorito.

domingo, 16 de setembro de 2012

Não sei bem porque mas eu gostava de você, de um jeito torto, de um jeito errado mas gostava. Se era amor não sei, só sei que era forte. Talvez tenha passado, ou talvez eu não tenha pensado muito em você, mas ainda assim você aparece em meus sonhos. Fico me perguntando o porque disso, o porque dessa coisa de gostar de alguém quando esse alguém nem mesmo te faz bem. Pois é, você não me fez bem e tenho certeza de que nunca fará, não é de seu feitio. Eu gostei de você, de verdade. Era bem real, mesmo quando você falava errado,não entendia as piadas ou se comportava feito retardado. Eu gostei de você mesmo quando você se fazia ignorante e me tratava mal, gostei de você mesmo quando você estava errado sobre qualquer assunto, gostei de você e te dei força pra tudo. Não esperava que retribuísse, aprendi a fazer e sentir as coisas sem esperar nada em troca. Mas dói sabe? Isso eu não tenho como negar. Dói muito. E mesmo quando doeu eu gostei de você. E pra dizer a verdade? Gostei ainda com mais intensidade. 

Marcele Gorito

quinta-feira, 30 de agosto de 2012


  Pode o tempo passar, pode a saudade bater, pode alguém criticar mas eu ainda vou te amar, podem entrar no nosso caminho, podem colocar espinhos, podem fazer intrigas
mas a intriga da oposição é só intriga da oposição. E nós somos muito mais que isso, você e eu sabemos bem disso. Eu te amo muito.
Obrigada por existir.
Obrigada por fazer parte da minha vida.
Obrigada por fazer parte de mim.
Obrigada por me entender e me completar.
   AMIGA-IRMÃ, quer coisa mais forte que essa? Te amo.

                      Marcele Gorito